DL2 - Energia Solar
Energia que vem do Nordeste
Alguns Conceitos:
Conheça as nossas soluções em energia solar e transforme seu consumo de energia! Navegue na página e descubra como podemos ajudar você a economizar e ser mais sustentável.
A DL2 AeroVisual dedica os seus esforços ao desenvolvimento e implementação de tecnologias solares de vanguarda, oferecendo soluções completas e personalizadas para atender às necessidades específicas de nossos clientes. Desde residências até grandes empresas, estamos comprometidos em fornecer sistemas fotovoltaicos de alta qualidade que não apenas reduzem custos operacionais, mas também contribuem para a preservação do meio ambiente. Estamos comprometidos em transformar a maneira como o mundo gera e consome energia. Nossa equipe experiente e apaixonada está na vanguarda da inovação solar, oferecendo soluções completas e personalizadas para atender às necessidades únicas de cada cliente
Oferecemos uma ampla gama de serviços para atender a todas as suas necessidades em energia solar, incluindo:
- Consultoria e design personalizado de sistemas fotovoltaicos
- Instalação profissional e eficiente de painéis solares
- Manutenção e suporte contínuo para garantir o desempenho ideal do seu sistema
- Qualidade Superior: Utilizamos os melhores produtos e materiais disponíveis para garantir durabilidade e eficiência.
- Compromisso com a Sustentabilidade: Estamos empenhados em ajudar a construir um futuro mais verde e sustentável para as gerações futuras.
- Excelência no Atendimento ao Cliente: Nosso objetivo é superar as expectativas de nossos clientes em todos os aspectos.
O Brasil é um país tropical, de clima temperado. Logo, ao pensar no leque de possibilidades entre as fontes de energia renováveis – eólica, solar, hídrica, maremotriz, geotérmica e biomassa – A Energia Solar é, obviamente, uma das energias que se adapta melhor ao cenário energético brasileiro.
Pensando nisso, a DL2 AeroVisual formou uma parceria com a – GERASOL –, empresa genuinamente potiguar com larga experiência em projetos e vendas de equipamentos na área da energia solar fotovoltaica, além de uma equipe altamente treinada para uma perfeita instalação, seguindo todas as normas.
Abaixo estão algumas das principais vantagens de um sistema de geração fotovoltaica. Esta tecnologia está em constante evolução, tornando-se cada vez mais eficiente, acessível e competitiva. Isso a posiciona como uma escolha atrativa e sustentável para indivíduos, empresas e governos ao redor do mundo.
Por que Energia Solar ?
Renovável e Sustentável: A energia solar é uma fonte renovável e praticamente inesgotável. Ao contrário dos combustíveis fósseis, que têm impactos ambientais significativos, como a emissão de gases de efeito estufa, a energia solar não libera poluentes durante a geração de eletricidade, contribuindo para a redução da pegada de carbono.
Baixa Manutenção: Os sistemas fotovoltaicos geralmente requerem pouca manutenção após a instalação inicial. A limpeza periódica dos painéis solares para remover poeira e sujeira e a inspeção regular para garantir que todos os componentes estejam funcionando corretamente são geralmente suficientes para garantir o bom funcionamento do sistema ao longo do tempo.
Economia de Energia e Custos: Embora o investimento inicial em um sistema fotovoltaico possa ser significativo, ao longo do tempo, os proprietários podem economizar dinheiro em suas contas de energia, pois a luz solar é gratuita e abundante. Além disso, em muitas regiões, existem incentivos financeiros, como créditos fiscais e programas de compensação de energia, que podem tornar a instalação de painéis solares ainda mais acessível.
Independência Energética: Os sistemas fotovoltaicos podem ser instalados em uma variedade de locais, desde residências individuais até grandes parques solares. Isso significa que os proprietários podem gerar sua própria eletricidade, reduzindo sua dependência de fornecedores de energia convencionais e vulnerabilidade a cortes de energia.
Valorização imobiliária: A instalação de um sistema fotovoltaico em uma propriedade pode aumentar seu valor de mercado. Os compradores estão cada vez mais interessados em casas com eficiência energética e sistemas de energia renovável, o que pode tornar a propriedade mais atrativa e valorizada no mercado imobiliário
Nossos Orçamentos
Avaliação do local e requisitos do cliente:
Análisamos detalhadamente o local onde o sistema será instalado, incluindo a orientação do telhado, sombreamento potencial e espaço disponível.
Entender as necessidades de energia do cliente, incluindo o consumo médio de energia, os horários de pico de consumo e quaisquer requisitos especiais.
Design do sistema:
Utilizamos software de design solar para dimensionar adequadamente o sistema com base nos dados coletados durante a avaliação do local e nos requisitos do cliente.
Escolhemos os componentes adequados, como painéis solares, inversores, suportes de montagem e sistemas de armazenamento de energia, levando em consideração a qualidade, eficiência e garantias dos produtos.
Cálculos de produção de energia:
Estimamos a produção de energia do sistema com base na irradiação solar média da região, na inclinação e orientação dos painéis, e em outros fatores que possam afetar a eficiência do sistema.
Consideramos as variações sazonais na produção de energia e dimensione o sistema adequadamente para atender à demanda durante todo o ano.
Custos de materiais e mão de obra:
Calculamos os custos dos materiais necessários, incluindo painéis solares, inversores, cabeamento, suportes de montagem e outros componentes.
Estimamos os custos de mão de obra para a instalação do sistema, levando em consideração o tempo necessário para a montagem, cabeamento, conexão à rede elétrica e testes.
Apresentação do orçamento:
Preparamos um orçamento detalhado que inclua todos os custos estimados, uma descrição dos serviços a serem prestados, as condições de pagamento e quaisquer garantias oferecidas.
Apresentamos o orçamento de forma clara e profissional, destacando os benefícios do sistema solar fotovoltaico e os potenciais retornos sobre o investimento para o cliente
Muito importante:
- Uma visita no local do cliente é essencial para garantir que o orçamento fotovoltaico seja preciso, personalizado e adequado às necessidades específicas do cliente, resultando em uma instalação bem-sucedida e satisfatória.
- Durante a visita, é possível verificar a orientação e inclinação do telhado, a presença de sombreamento de árvores ou edifícios, um eventual acesso difícil ao telhado, a necessidade de reforços estruturais ou restrições regulatórias.
Escolher a empresa certa para a instalação de um sistema de geração fotovoltaica é crucial para garantir um processo suave e uma instalação de alta qualidade. Entre em contato pelo fone (Whatsapp) (84) 99108-8682 e peça uma visita.
Galeria
O que é MPPT ?
Em um painel solar, a potência gerada é uma função da tensão e corrente que passam pelo circuito. O ponto em que a potência é máxima é conhecido como “ponto de máxima potência” (MPP). A técnica MPPT rastreia continuamente o MPP do painel solar e ajusta a tensão e corrente de saída do painel para manter a saída de potência no ponto máximo possível.
Isso aumenta a eficiência geral do sistema, permitindo que o sistema de energia solar produza mais energia elétrica com o mesmo tamanho de painel solar, o que pode reduzir os custos e aumentar o retorno sobre o investimento. A inovação dos microinversores coloca mais potência e eficiência em seu painel solar. Esta tecnologia maximiza a geração de energia para cada módulo no painel fotovoltaico, aumentando a eficiência do sistema em até 20 por cento.
MLPE - tecnologia dos microinversores
A sigla MLPE (do inglês “Module-Level Power Electronics”) significa eletrônica de potência em nível de módulo. Atualmente, os sistemas fotovoltaicos MLPE são representados principalmente pelos otimizadores de potência e microinversores. MLPE é uma abordagem de projeto em que os sistemas fotovoltaicos (PV) são equipados com eletrônicos de potência no nível do módulo, em vez de ter um único inversor centralizado para todo o sistema.
Com o uso de eletrônicos de potência de nível de módulo, cada módulo solar pode ser controlado individualmente, permitindo que cada módulo opere com sua máxima potência, independentemente das condições de sombreamento, poeira ou outras condições ambientais que possam afetar o desempenho do módulo. Isso pode aumentar a eficiência geral do sistema, bem como a flexibilidade e capacidade de monitoramento, manutenção e diagnóstico do sistema.
Tipos de módulos fotovoltaicos
Os módulos fotovoltaicos podem ser fabricados utilizando diferentes tipos de tecnologias de células solares, entre as quais destacam-se as células do Tipo P, Tipo N, PERC , TOPCon e Heterojunção. Cada uma dessas tecnologias possui características específicas que afetam o desempenho e a eficiência dos módulos. Vamos explorar as diferenças entre elas:
Ao escolher entre módulos fotovoltaicos tipo P, tipo N e PERC, é importante considerar não apenas a eficiência inicial, mas também a durabilidade e a performance a longo prazo. A tecnologia PERC, com sua capacidade de aumentar a eficiência e reduzir a degradação, muitas vezes representa uma escolha vantajosa, especialmente quando aplicada a células tipo N.
Células Solares Tipo P
Material Base: As células tipo P são feitas de silício cristalino dopado com boro, que cria um excesso de buracos (cargas positivas).
Camada N: A camada superior é dopada com fósforo, adicionando elétrons livres (cargas negativas).
Características
Eficiência: As células tipo P são amplamente utilizadas e oferecem boa eficiência, mas geralmente inferior às células tipo N.
Degradação: Sofrem de degradação induzida pela luz (LID) e degradação induzida pela temperatura (PID), o que pode reduzir sua eficiência ao longo do tempo.
Células Tipo P: Boa eficiência inicial, maior susceptibilidade a LID e PID.
Células Solares Tipo N
Material Base: As células tipo N são feitas de silício cristalino dopado com fósforo, que cria um excesso de elétrons livres.
Camada P: A camada superior é dopada com boro, criando buracos (cargas positivas).
Características
Eficiência: As células tipo N tendem a ser mais eficientes do que as células tipo P devido a melhores propriedades elétricas e menor propensão a defeitos.
Degradação: Menor suscetibilidade à degradação induzida pela luz (LID) e pela temperatura (PID), resultando em uma melhor performance a longo prazo.
Células Tipo N: Maior eficiência, menor degradação ao longo do tempo.
Células Solares Tipo PERC
Tecnologia: A tecnologia PERC (Passivated Emitter and Rear Cell) pode ser aplicada tanto a células tipo P quanto tipo N. Ela adiciona uma camada passivadora na parte traseira da célula.
Passivação: Esta camada ajuda a refletir os fótons que passam pela célula, permitindo que sejam reabsorvidos e convertidos em eletricidade.
Características
Eficiência: A passivação da célula PERC aumenta a eficiência ao melhorar a coleta de luz e reduzir a recombinação de portadores de carga.
Produção: Os módulos PERC são mais eficientes na conversão de luz solar em eletricidade, especialmente sob condições de baixa luz e altas temperaturas.
Células PERC: Maior eficiência, adequada para condições variáveis de luz e temperatura, pode ser aplicada tanto em células tipo P quanto tipo N.
Células Solares Tipo TOPCon
A tecnologia TOPCon (Tunnel Oxide Passivated Contact), também conhecida como “n-TOPCon”, é uma inovação avançada na fabricação de células solares de silício que visa melhorar a eficiência e reduzir as perdas de energia em comparação com as tecnologias tradicionais de células solares, como as células PERC (Passivated Emitter and Rear Contact).
É uma tecnologia que envolve o uso de uma camada de óxido de túnel e uma camada de contato passivado para reduzir as recombinações de portadores de carga (elétrons e buracos) na célula solar. Esta tecnologia foi desenvolvida para superar algumas das limitações das células solares PERC, especialmente no que diz respeito à eficiência de conversão de energia.
Alta Eficiência de Conversão: A estrutura de óxido de túnel passivado reduz significativamente as perdas de recombinação de portadores de carga, resultando em maior eficiência de conversão de energia solar em eletricidade. Células TOPCon podem alcançar eficiências superiores a 24%, comparadas com as células PERC que tipicamente alcançam eficiências em torno de 22-23%.
Baixas Perdas de Recombinação: A camada de óxido de túnel e a passivação eficiente minimizam as perdas de recombinação, tanto na superfície quanto nas interfaces do silício.
Maior Estabilidade e Durabilidade: A estrutura da célula TOPCon oferece maior estabilidade térmica e durabilidade ao longo do tempo, resultando em melhores desempenhos a longo prazo.
Menor Degradação: Células TOPCon apresentam menor degradação induzida pela luz (LID – Light Induced Degradation) e degradação induzida por potencial (PID – Potential Induced Degradation), comuns em outras tecnologias de células solares.
A tecnologia TOPCon está se tornando cada vez mais popular e está sendo adotada por muitos fabricantes de células solares devido às suas vantagens em termos de eficiência e desempenho. Esta tecnologia é particularmente benéfica para grandes instalações solares, onde a eficiência elevada pode resultar em um retorno significativo sobre o investimento
Células Solares Tipo Heterojunção
A tecnologia de células solares de heterojunção (HJT – Heterojunction with Intrinsic Thin layer) é uma abordagem avançada que combina características das células solares de silício cristalino tradicionais com as propriedades benéficas dos materiais de silício amorfo. Esta combinação resulta em células solares com alta eficiência de conversão e melhores propriedades de passivação de superfície.
Alta Eficiência de Conversão: As células de heterojunção podem alcançar eficiências superiores a 25%, devido à excelente passivação de superfície e à redução das recombinações de portadores de carga.
Baixa Recombinação de Superfície: As camadas intrínsecas de silício amorfo proporcionam uma passivação de superfície muito eficiente, reduzindo as perdas de recombinação.
Melhor Desempenho em Alta Temperatura: Células de heterojunção tendem a ter um coeficiente de temperatura mais baixo, o que significa que seu desempenho degrada menos em temperaturas mais altas, comparado com outras tecnologias.
Simples Processo de Fabricação: A fabricação de células de heterojunção pode ser mais simples e menos intensiva em termos de temperatura comparada a outras tecnologias avançadas, como a TOPCon.
Maior Estabilidade e Vida Útil: A combinação de materiais e a estrutura da célula resultam em dispositivos mais estáveis e duradouros.
MAS… Embora a tecnologia de heterojunção ofereça muitas vantagens, também apresenta desafios, como:
Custo: A fabricação de células de heterojunção pode ser mais cara devido aos materiais e processos necessários, embora os custos estejam diminuindo à medida que a tecnologia amadurece.
Complexidade na Integração: Integrar camadas de materiais diferentes pode ser desafiador e requer controle preciso dos processos de deposição para garantir a qualidade das junções.
Considerações Finais: Ao escolher entre módulos fotovoltaicos é importante considerar não apenas a eficiência inicial, mas também a durabilidade e a performance a longo prazo, especialmente se a instalação estiver sujeita a condições ambientais severas.
Principais Vantagens de um Microinversor
O uso da tecnologia MLPE (Module Level Power Eletronics) que permite o monitoramento por painel fotovoltaico oferecida nos Microinversores podem trazer vantagens significativas durante a vida útil do sistema de geração de energia elétrica fotovoltaica.
É importante ressaltar que cada projeto de geração de energia fotovoltaica é único, e a escolha entre microinversores e inversores de string dependerá das características específicas do projeto, das necessidades do cliente e das condições do local de instalação.
Otimização individual das unidades
Com microinversores, cada painel solar possui seu próprio inversor dedicado. Isso permite que cada unidade opere independentemente, otimizando a produção de energia, mesmo que haja sombreamento ou desigualdade nas condições dos painéis.
Menor perda por sombreamento
Em um sistema de inversor de string, se um painel for sombreado, isso pode afetar o desempenho de todo o string. Com microinversores, apenas o painel sombreado é afetado, reduzindo as perdas de energia.
Monitoramento individual
Cada microinversor possui capacidade de monitoramento individual, permitindo ao proprietário acompanhar o desempenho de cada painel solar remotamente. Isso facilita a identificação rápida de problemas e garante a eficiência global do sistema.
Segurança e desempenho de incêndio
Microinversores possuem recursos de desligamento automático em caso de problemas, como incêndios ou falhas, tornando o sistema mais seguro em termos elétricos.
Escalabilidade simplificada
Adicionar mais painéis solares ao sistema é mais fácil com microinversores, pois cada painel é tratado independentemente. Não há necessidade de ajustes complexos na configuração do inversor.
Facilidade de manutenção
Com a capacidade de monitorar o desempenho individual dos painéis, a identificação e a solução de problemas são facilitadas, reduzindo o tempo e os custos de manutenção.
Eficiência em ambientes com diferentes orientações
Em sistemas de inversor de string, todos os painéis precisam estar orientados da mesma forma. Com microinversores, é possível instalar painéis com diferentes orientações e inclinações, aproveitando melhor o espaço disponível no telhado.
Melhor desempenho em condições de baixa luminosidade
Os microinversores tendem a funcionar de maneira mais eficiente em condições de baixa luminosidade ou em momentos do dia com pouca radiação solar.
Menor risco de falha do sistema
Em sistemas com inversores de string, uma falha em um único inversor pode afetar o desempenho de toda a string. Nos sistemas com microinversores, uma falha em um único inversor afetará apenas o painel associado a ele.
MENOR risco de arco fotovoltaico e choque elétrico
Os inversores de string geralmente operam em tensões de corrente contínua (CC) mais elevadas, como centenas de volts e podem representar riscos significativos de criação de arcos voltaicos e riscos de choque elétricos.
Aumento da produção de energia
Em algumas situações, o uso de microinversores pode aumentar a produção de energia em até 20% em comparação com os inversores de string tradicionais.
Simultaneidade - o que é ?
Na energia solar fotovoltaica, a simultaneidade ocorre quando a geração de energia elétrica pelos painéis solares é realizada ao mesmo tempo em que a demanda por energia elétrica dos consumidores está ocorrendo.
Os painéis solares convertem a energia solar em energia elétrica contínua. Em seguida, essa energia é transformada em energia elétrica alternada e distribuída para a rede elétrica, onde pode ser utilizada pelos consumidores.
Para que haja simultaneidade na energia solar fotovoltaica, é necessário que a geração de energia pelos painéis solares coincida com a demanda de energia elétrica pelos consumidores. Isso é importante para maximizar a eficiência do sistema.
Assim, durante o dia, quando a incidência solar é maior, a geração de energia pelos painéis solares é maior, o que pode resultar em um excesso de energia que pode ser injetado na rede elétrica. À noite, quando não há luz solar, a geração de energia pelos painéis solares é menor, e a demanda por energia elétrica pelos consumidores é maior, o que resultará em um déficit de energia que deve ser suprido pela concessionária de energia.
Portanto, a simultaneidade na energia solar fotovoltaica depende da coordenação entre a geração de energia pelos painéis solares e a demanda de energia elétrica pelos consumidores. Ela é desejável porque maximiza o uso da energia solar gerada, reduzindo assim a dependência da rede elétrica convencional e, potencialmente, diminuindo os custos com eletricidade ao longo do tempo.
Profissional Certificado
É um profissional que provou estar capacitado à prover soluções fotovoltaicas com maior segurança e profutividade. Para obter o CERTIFICADO ECORI o profissional passa por rigoroso teste comprobatório. São requeridos conhecimentos sobre regulamentação, procedimentos e tecnologias fotovoltaicas.
O profissional demonstra domínio sobre os requsitos necessários para boas práticas de projetos e operação de sistemas fotovoltaicos com os produtos da Ecori Energia Solar. O processo da Certificação Profissional Ecori é realizado pelo instituto TOTUM, um dos principais institutos de certificação de pessoas, produtos, empresas do Brasil.
ART / TRT
ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) // TRT (Termo de Responsabilidade Técnica):
Ao assinar uma ART ou TRT para um projeto fotovoltaico, o profissional está declarando sua responsabilidade técnica sobre o projeto, desde a concepção até a execução e operação do sistema.
Isso inclui a elaboração do projeto, considerando fatores como dimensionamento correto dos componentes (painéis solares, inversores, estrutura de suporte), cálculos de sombreamento, análise de viabilidade técnica e econômica, compatibilidade com as normas técnicas e regulamentações locais, além de garantir a segurança da instalação.
O profissional também é responsável por supervisionar a execução do projeto, assegurando que as instalações sejam feitas de acordo com o projeto aprovado, respeitando os prazos estabelecidos e seguindo as boas práticas de engenharia.
Em ambos os casos, seja na ART ou no TRT, é crucial que o profissional tenha conhecimento técnico especializado em energia solar fotovoltaica, esteja atualizado sobre as melhores práticas e normas do setor, e exerça sua função com diligência para garantir a qualidade, segurança e eficiência do projeto fotovoltaico. Qualquer falha na execução do projeto pode resultar em perdas financeiras, danos ao sistema ou até mesmo riscos à segurança das pessoas, por isso a responsabilidade técnica é de extrema importância.
No Brasil, a exigência de uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou de um Termo de Responsabilidade Técnica (TRT) para projetos fotovoltaicos pode variar dependendo da legislação estadual ou municipal, bem como das normas específicas de cada órgão regulador.
Lista de Rateio
Rateamento:
No contexto de sistemas fotovoltaicos (FV), o rateamento pode ser entendido como a forma como a sobra de energia gerada é distribuída ou alocada entre diferentes consumidores ou aplicações. As duas abordagens principais de rateamento são – por percentual e por prioridade – têm diferenças significativas.
A escolha entre rateamento por percentual ou por prioridade dependerá das especificidades do seu projeto e das necessidades dos consumidores envolvidos. Se você busca simplicidade e consistência, o rateamento por percentual pode ser a melhor opção. Se a flexibilidade e a garantia de atender cargas críticas são mais importantes, o rateamento por prioridade será mais adequado.
Rateamento por Percentual
Neste método, a sobra da energia gerada pelo sistema fotovoltaico é distribuída com base em uma porcentagem pré-definida entre as várias cargas ou usuários.
Antes do funcionamento do sistema, são definidos percentuais específicos de energia para diferentes consumidores ou aplicações.
A energia gerada é então distribuída conforme essas porcentagens. Por exemplo, se um sistema gera 100 kWh e foi decidido que 40% irá para o setor A, 30% para o setor B, e 30% para o setor C, então o setor A receberá 40 kWh, o setor B 30 kWh, e o setor C 30 kWh.
Esta abordagem é flexível na distribuição inicial, mas uma vez que os percentuais são definidos, a distribuição permanece constante, independentemente das necessidades reais de cada setor.
Vantagens: Fácil de implementar e entender. Garantia de que cada setor receberá uma quantidade fixa de energia, proporcional ao percentual estabelecido.
Desvantagens: Não considera variações na demanda de energia. Se um setor precisar de mais energia do que outro em um dado momento, a distribuição por percentual pode não atender de forma eficaz. Em alguns casos, a energia alocada pode não ser completamente utilizada, levando a uma potencial subutilização do sistema FV.
Rateamento por Prioridade
Nesta abordagem, a sobra da energia gerada é distribuída com base na prioridade das cargas ou usuários, onde as cargas prioritárias recebem energia primeiro até que suas necessidades sejam atendidas.
Antes do funcionamento do sistema, as cargas ou consumidores são classificados em uma ordem de prioridade. Por exemplo, cargas críticas como sistemas de segurança ou processos industriais essenciais podem ter alta prioridade.
A energia é distribuída primeiro para as cargas de alta prioridade. Somente após atender completamente as necessidades dessas cargas, a energia restante é distribuída para as cargas de menor prioridade.
Esta abordagem pode ajustar a distribuição com base na demanda atual, garantindo que as cargas mais críticas sempre tenham energia suficiente.
Vantagens: A energia é utilizada de maneira mais eficiente, garantindo que as cargas mais importantes sempre tenham energia. Esta modalidade tem a capacidade de ajustar a distribuição conforme as necessidades reais e a disponibilidade de energia.
Desvantagens: Mais complexo de implementar e gerenciar, especialmente se houver muitas cargas com diferentes níveis de prioridade. Cargas de menor prioridade podem não receber energia suficiente se a demanda das cargas de alta prioridade for muito alta.
Considerações para Escolha
- Natureza das Cargas: Se há cargas críticas que sempre precisam de energia, o rateamento por prioridade pode ser mais adequado.
- Estabilidade de Demanda: Se a demanda de energia das diferentes cargas é relativamente estável e previsível, o rateamento por percentual pode ser suficiente.
- Complexidade de Implementação: O rateamento por prioridade pode exigir um sistema de gerenciamento de energia mais sofisticado e uma maior atenção na configuração inicial.
Exemplo Prático
Imagine um sistema FV instalado em uma fábrica com três setores: produção (prioridade alta), administração (prioridade média), e iluminação externa (prioridade baixa). Rateamento por Percentual: Definimos que 50% da energia vai para a produção, 30% para a administração e 20% para a iluminação externa. Este esquema é fixo e não muda. Rateamento por Prioridade: A energia vai primeiro para a produção até suas necessidades serem totalmente atendidas. Se sobrar energia, ela vai para a administração, e qualquer excedente vai para a iluminação externa.
Conclusão
A escolha entre rateamento por percentual ou por prioridade depende das necessidades específicas do sistema fotovoltaico e das características das cargas envolvidas. Para uma distribuição mais justa e previsível, o rateamento por percentual é indicado. No entanto, para garantir que cargas críticas sejam atendidas prioritariamente, o rateamento por prioridade é a melhor escolha. Avaliar cuidadosamente as demandas e a criticidade das cargas ajudará a determinar o método mais apropriado para seu sistema fotovoltaico.
Mismatch
O termo mismatch, traduzido como “incompatibilidade”, refere-se ao descasamento entre as potências dos módulos fotovoltaicos de um arranjo ou de uma string. Como nenhum painel solar é igual ao outro, módulos fotovoltaicos com a mesma potência nominal podem ter potências reais diferentes. É um dos principais tipos de perdas em um sistema fotovoltaico e suas causas podem ser, a saber, temperatura elevada, sombreamento, sujeira acumulada, degradação desigual dos módulos, eficiência dos equipamentos, entre outras.
Quando o sistema fotovoltaico está instalado em string (em série), o módulo fotovoltaico que foi prejudicado com menor capacidade de geração, por estar ligado em série, limita a potência dos outros painéis e, consequentemente, a geração de energia de todo os outros. Esse problema não existe com os microinversores! Tendo em vista a individualização da produção, caso ocorra algum fator de perda para painéis, a produção em sua máxima potência ainda assim estará garantida!
Arco Fotovoltaico
O arco elétrico, também popularmente conhecido como arco voltaico, é o fenômeno do resultado da ruptura dielétrica do ar, no qual se produz uma descarga de plasma, semelhante a uma fagulha instantânea, resultante de um fluxo de corrente em um meio que normalmente é isolante. O arco ocorre sempre em um espaço preenchido por um gás entre dois pontos condutivos, o que resulta em uma temperatura, capaz de fundir, vaporizar, e até causar incêndios por esse motivo.
Devido à alta temperatura que produzem, arcos elétricos são utilizados comercialmente em máquinas de solda e de corte a plasma, em fornos para a produção de aço e alumínio, entre outras aplicações. Como a temperatura do arco pode ultrapassar 5.500 ℃, as partículas quentes emitidas pelo arco elétrico de alta intensidade se acumulam ao longo do tempo e facilmente inflamam o material da camada isolante ao redor do cabo, causando um incêndio elétrico.
AFCI - Arc-Fault Circuit Interrupter
A sigla AFCI (do inglês) pode ser traduzida como “sistema de interrupção para falha de arco elétrico”. Seu funcionamento fornece uma garantia confiável para a segurança dos sistemas fotovoltaicos contra arcos elétricos, que são a principal causa de incêndio nos sistemas de energia solar. O assunto é ainda um pouco recente no Brasil. O primeiro artigo sobre AFCI no setor fotovoltaico brasileiro foi publicado pelo Canal Solar em dezembro de 2020.
O AFCI é um recurso obrigatório? Ainda Não, mas ele é desejável. Como ele não é exigido (ainda) normativamente no Brasil, cabe ao consumidor optar pela aquisição de um equipamento que possui esse recurso. O AFCI é um recurso necessário? Sim, pois arcos elétricos podem surgir a qualquer momento, em qualquer sistema fotovoltaico com strings (ou seja, exceto os sistemas com microinversores), mesmo que ele tenha sido bem instalado. Proteção nunca é demais.
RSD - Rapid Shut Down
O RSD – Desligamento rápido – é um requisito de segurança elétrica definido para sistemas de painéis solares pelo Código Elétrico Nacional Americano (NEC 2017 – National Electrical Code), incorporado pela Associação Nacional de Proteção contra Incêndios Americana (NFPA – National Fire Protection Association). É um dispositivo que desenergiza rapidamente sistema de painel solar em telhado, reduzindo a tensão da ligação em série
Pode-se observar que o RSD é uma tecnologia para garantir condições de resgate após um incêndio em uma usina fotovoltaica. Se for um microinversor, já que sua tensão de trabalho é geralmente em torno de 60 Vcc, ele pode atender naturalmente aos requisitos de desligamento rápido.
Oversizing e Clipping
Oversizing, sobrecarregamento, FDI (fator de dimensionamento do inversor) ou até sobrecarga (overload) são algumas das nomenclaturas utilizadas comumente no setor fotvoltaico. Simplificando, oversizing significa realizar uma instalação com uma potência de módulos fotovoltaicos (Wp) maior do que a potência nominal do inversor. Isso representa uma maior geração de energia ao longo do dia, incluindo manhãs e finais de tarde. Quando a potência dos módulos fotovoltaicos ultrapassa a potência do inversor, no meio do dia, ocorre o chamado clipping.
O inversor não irá fornecer em sua saída mais do que sua potência nominal, quando o inversor limita a potência de saída dos módulos fotovoltaicos para que a potência entregue à rede elétrica fique limitada à nominal do equipamento. O inversor eleva o valor de tensão da string, reduzindo a corrente injetada pelos módulos, de forma que a potência instantânea com oversizing seja o valor de potência nominal do inversor. Por isso o inversor não dissipa a potência excedente na forma de calor
(Anti) Ilhamento
O Ilhamento em um Sistema Fotovoltaico conectado à Rede (SFCR) ocorre quando um sistema fotovoltaico em uma unidade consumidora continua operando apesar de ter ocorrido interrupção de energia, seja por falha ou por desligamento da rede elétrica. Parte de uma rede que contém carga e geração fica isolada do resto do sistema, que continua operando.
Assim essa parte da rede que contém os painéis fotovoltaicos interligados ficaria isolada da alimentação principal, formando “ilhas” que ficariam energizadas trazendo riscos materiais e riscos de vida.
Por meio da função Anti-Ilhamento, caso haja a queda de tensão na rede elétrica pública (apagões), o inversor é desligado automaticamente, garantindo a segurança de pessoas que possam entrar em contato com o sistema fotovoltaico (como técnicos de manutenção), bem como a segurança dos equipamentos e do sistema como um todo.
- Segurança: Ocorrendo a interrupção da energia elétrica, operários de manutenção da rede elétrica correriam sérios riscos de vida, pois sem a função “anti-ilhamento” o sistema fotovoltaico permaneceria energizado, formando uma espécie de “ilha”, ameaçando a segurança dos operadores.
- Qualidade de energia: Em uma carga na ilha não se há controle nas grandezas de tensão e frequência, podendo assim gerar danos aos equipamentos elétricos/eletrônicos presentes nessa “ilha”.
- Confiabilidade: O religamento da energia elétrica que fosse causada por um fechamento fora da fase poderia causar diversos danos aos equipamentos elétricos/eletrônicos
O mecanismo para interromper a produção de energia ao detectar Ilhamento é conhecido como Anti-Ilhamento. Basicamente, esse mecanismo tem o objetivo de detectar alterações de frequência, mudança de fase ou queda de tensão. Essas alterações são o gatilho para acionar o mecanismo de anti-ilhamento
As 4 Modalidades de Geração Distribuída
A integração e utilização da energia gerada por sistemas fotovoltaicos no Brasil variam conforme as regulamentações específicas e os objetivos de cada projeto. As principais modalidades de geração e aproveitamento da energia fotovoltaica no país são delineadas a seguir, destacando as diferentes formas de implementar e otimizar o uso dessa fonte renovável. Cada uma dessas modalidades oferece vantagens distintas e pode ser escolhida com base nas necessidades específicas e nas condições de cada projeto, sempre respeitando as regulamentações e diretrizes estabelecidas pelas autoridades competentes:
Autoconsumo Local
… ou Geração Local. Esta é a modalidade mais comum de utilização de energia solar. Nesse caso, a energia gerada pelo sistema fotovoltaico é consumida diretamente no local onde o sistema está instalado, reduzindo ou até eliminando a necessidade de adquirir energia da rede elétrica da concessionária. É uma solução eficiente e sustentável para consumidores residenciais, comerciais, industriais ou rurais. Durante o dia, enquanto o sistema está gerando energia, os aparelhos e equipamentos elétricos no local utilizam diretamente a energia produzida pelos painéis solares (consumo simultâneo). Caso a geração solar exceda o consumo no momento, o excedente de energia é enviado para a rede elétrica da concessionária, gerando créditos energéticos. Esses créditos podem ser utilizados em momentos em que o sistema não gera energia suficiente, como à noite ou em dias nublados. A energia consumida da rede (quando o sistema não atende toda a demanda) é compensada pelos créditos acumulados, resultando em economia na conta de luz.
Autoconsumo Remoto
Nesta modalidade a energia gerada por um sistema fotovoltaico em uma localidade é consumida em outra localidade, desde que ambas estejam vinculadas a uma mesma titularidade (CPF ou CNPJ) e dentro da mesma área de concessão da distribuidora de energia. O sistema fotovoltaico é instalado em uma unidade consumidora (geradora), como um prédio, uma propriedade rural ou mesmo um terreno vazio com boas condições de insolação. A energia gerada pelo sistema que excede o consumo local é injetada na rede elétrica da concessionária. Essa energia é convertida em créditos energéticos. Esses créditos podem ser utilizados para abater o consumo de energia em outra unidade consumidora pertencente ao mesmo titular (pessoa física ou jurídica). Essa unidade pode estar localizada em outro endereço, desde que dentro da mesma área de concessão da distribuidora.
. Por exemplo, um sistema instalado em uma fazenda pode gerar créditos que serão usados para reduzir a conta de energia de um apartamento na cidade.
Geração Compartilhada
Na geração compartilhada, um grupo de pessoas físicas ou jurídicas se une para compartilhar a energia gerada por um único sistema fotovoltaico. Os créditos gerados são divididos proporcionalmente entre os participantes. Existem duas formas principais de geração compartilhada:
- Condomínio: Múltiplas unidades consumidoras em um mesmo condomínio (residencial ou comercial) compartilham a energia gerada por um sistema fotovoltaico instalado em áreas comuns.
- Consórcio ou Cooperativa: Pessoas físicas ou jurídicas se organizam em um consórcio ou cooperativa para compartilhar a energia gerada por um sistema fotovoltaico instalado em um local específico.
EMUC
Empreendimento com Multiplas Unidade de Consumo. Nesta modalidade, um sistema fotovoltaico instalado em um empreendimento com múltiplas unidades de consumidores (Shopping Center) gera energia que é compartilhada entre todoas as unidades do empreendimento. Os créditos são distribuidos de acordo com a proporção do consumo de cada unidade.
Esta modalidade de geração distribuída se caracteriza por possuir mais de uma unidade consumidora, no entanto a titularidade das unidades consumidoras participantes da Lista de UCs pode ser de distintos CPFs e/ou CNPJs, participantes do condomínio.
Assim, como no Autoconsumo Remoto, uma a Lista de Unidades Consumidoras deve indicar a porcentagem que cada UC receberá, conforme acordo entre os participantes.
Vantagens e Desafios das Modalidades
- Autoconsumo Local: Simplicidade de instalação e regulamentação, menor dependência da rede. Pode ter limitação no espaço disponível para instalação dos painéis.
- Autoconsumo Remoto: Flexibilidade de instalação em locais com melhor insolação, maior potencial de geração de créditos. Necessidade de gestão dos créditos entre diferentes unidades consumidoras.
- Geração Compartilhada: Acessibilidade para pequenos consumidores, viabilidade econômica para grupos com menores consumos individuais. Requer gestão e coordenação entre os participantes.
- Empreendimento com Múltiplas Unidades: Economia de escala na instalação e operação, maior eficiência no uso da energia gerada. Necessidade de um acordo claro sobre a divisão dos créditos.
"FIO B" e a "TAXAÇÃO DO SOL"
O Fio B é um conceito relacionado ao setor elétrico no Brasil, principalmente no que diz respeito à geração distribuída. Ele se refere à cobrança pelo uso da infraestrutura de distribuição de energia elétrica para consumidores que possuem geração própria de energia, como sistemas fotovoltaicos (energia solar).
No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regulamenta a geração distribuída através de resoluções como a REN 1000/2021, a REN 1059/2023 e a REN 1098/2024. Essas resoluções permitem que consumidores gerem sua própria energia e possam injetar o excedente na rede elétrica, recebendo créditos que podem ser utilizados para abater o consumo em outros períodos.
Com o aumento da geração distribuída, surgiram debates sobre o custo de manutenção da rede elétrica. Mesmo que um consumidor produza sua própria energia, ele ainda utiliza a rede para transferir o excedente e consumir energia quando sua geração não é suficiente (por exemplo, à noite). A rede precisa ser mantida e expandida para suportar esse fluxo bidirecional de energia, e esses custos são compartilhados por todos os consumidores.
A proposta do Fio B é cobrar uma tarifa pelo uso da infraestrutura de distribuição, mesmo para aqueles que possuem geração própria. Isso garantiria que todos os usuários contribuam para a manutenção e desenvolvimento da rede elétrica.
A expressão “taxação do sol” é frequentemente usada de maneira pejorativa para descrever a proposta de cobrança pelo uso da rede elétrica por geradores de energia solar. A ideia é que, ao cobrar pelo uso da rede, estaria se “taxando” a energia gerada a partir do sol.
A ideia de taxar o uso da rede é baseada na necessidade de garantir a sustentabilidade econômica do sistema elétrico. Sem essa cobrança, os custos de manutenção e expansão da rede seriam desproporcionalmente arcados pelos consumidores que não têm geração própria.
Os defensores da “taxação do sol” argumentam que é justo que todos os usuários da rede contribuam para seus custos, enquanto os opositores afirmam que essa cobrança desincentiva a adoção de energias renováveis e penaliza quem investiu em sistemas de geração distribuída.
Em 2022, a Lei 14.300 foi sancionada no Brasil, criando o Marco Legal da Geração Distribuída. A lei estabelece um período de transição, durante o qual os consumidores que já possuem sistemas de geração distribuída continuam com as regras antigas (isenção de cobrança pelo uso da rede), e os novos consumidores começam a pagar tarifas gradativas pelo uso da infraestrutura.
Inversão de Fluxo de Energia
A inversão de fluxo de energia nas distribuidoras de energia é um fenômeno que ocorre quando a direção normal do fluxo de energia elétrica é revertida. Normalmente, a energia elétrica flui das usinas geradoras, passando pelas subestações e linhas de transmissão, até chegar aos consumidores finais. No entanto, com o aumento da geração distribuída, especialmente a partir de fontes renováveis como a energia solar fotovoltaica, esse fluxo pode ser invertido em certas condições.
Como a inversão de fluxo ocorre
Geração Distribuída: Os consumidores que possuem sistemas de geração de energia próprios, como painéis solares, podem gerar mais energia do que consomem. Quando isso acontece, o excesso de energia é enviado de volta à rede elétrica.
Redes Inteligentes (Smart Grids): Com a implementação de redes elétricas inteligentes, é possível gerenciar e monitorar a geração e o consumo de energia em tempo real. Isso facilita a integração de fontes de energia distribuídas e a inversão do fluxo de energia.
Armazenamento de Energia: Baterias e outros sistemas de armazenamento de energia podem liberar energia na rede durante os períodos de alta demanda ou quando a geração é insuficiente, contribuindo para a inversão do fluxo.
Impactos da Inversão de Fluxo
Qualidade da Energia: A inversão do fluxo pode causar problemas de qualidade de energia, como variações de tensão e frequência. Isso requer o uso de dispositivos de controle e proteção avançados para garantir a estabilidade da rede.
Infraestrutura de Rede: As redes de distribuição precisam ser adaptadas para lidar com o fluxo bidirecional de energia. Isso inclui a atualização de equipamentos, como transformadores e disjuntores, e a implementação de tecnologias de monitoramento e controle.
Modelos de Negócio: As distribuidoras de energia precisam ajustar seus modelos de negócio para acomodar a geração distribuída e a inversão de fluxo. Isso pode incluir novas tarifas e estruturas de incentivo para os consumidores-geradores.
Desafios e Soluções
Proteção e Segurança: Sistemas de proteção convencionais podem não ser suficientes para lidar com o fluxo bidirecional de energia. É necessário desenvolver e implementar novos esquemas de proteção.
Integração Tecnológica: A integração de sistemas de geração distribuída e armazenamento de energia exige a implementação de tecnologias avançadas, como inversores inteligentes e sistemas de gestão de energia.
Regulamentação e Políticas: Governos e agências reguladoras precisam estabelecer políticas e regulamentações que incentivem a geração distribuída e garantam a segurança e a estabilidade da rede elétrica.
Análise de inversão de fluxo
A ANEEL traz os três cenários onde ficará afastada a análise de inversão de fluxo:
- Microgeração e minigeração distribuída que não injete na rede de distribuição de energia elétrica;
- Microgeração distribuída que se enquadre nos critérios de gratuidade dispostos no § 3º do art. 104, no § 2º do art. 105 e no parágrafo único do art. 106 e cuja potência de geração distribuída seja compatível com o consumo da unidade consumidora durante o período de geração, observado o §1º e as instruções da ANEEL; e
- Microgeração distribuída que se enquadre na modalidade autoconsumo local, definido no inciso I-B do art. 2º, com potência instalada de geração igual ou inferior a 7,5 kW, observadas as disposições deste artigo.
A ANEEL determina ainda que a análise de inversão de fluxo deve ser realizada:
- Somente no nível de tensão superior, no caso de conexão do Grupo B por meio de transformador exclusivo; e
- Somente no transformador da subestação, no caso de conexão do Grupo A por meio de alimentador exclusivo.
A Resolução 1098/2024 também define que nas situações previstas para a dispensa da análise da inversão de fluxo, a distribuidora deve continuar a elaborar e fornecer o orçamento de conexão:
- 15 dias: para conexão de unidades consumidoras com microgeração distribuída ou sem geração, em tensão menor do que 69kV, em que não haja necessidade de realização de obras no sistema de distribuição ou de transmissão, apenas, quando necessário, a instalação do ramal de conexão;
- 30 dias: para conexão de unidades consumidoras com microgeração distribuída ou sem geração, em tensão menor do que 69kV, em que haja necessidade de realização de obras no sistema de distribuição ou de transmissão;
- 45 dias: para as demais conexões.
Além disso, o período suspenso será contabilizado como atraso para fins de compensação no caso de:
- reclamação procedente do consumidor ou dos demais usuários sobre a suspensão dos prazos;
- A distribuidora ter solicitado avaliação em desacordo com o disposto nesta Resolução.
Caso a resposta do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) conclua pela inviabilidade de conexão e não exista alternativa para viabilizá-la, a distribuidora deve informar a avaliação do ONS ao consumidor e demais usuários.
A distribuidora também deverá disponibilizar ao consumidor e demais usuários, sempre que solicitado, cópia da solicitação feita ao ONS ou a outra distribuidora, bem como da resposta obtida, em até dez dias úteis.
E, caso o consumidor opte por alterar o enquadramento no terceiro cenário definido pela ANEEL, deverá encerrar o contrato e solicitar novo orçamento de conexão.
Para mais informações acesse
https://canalsolar.com.br/aneel-resolucao-inversao-de-fluxo-diario-oficial/
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